Pois na semana em que será votada a criação ou não da categoria master no cenário mesafutebolista gaúcho, observamos várias opiniões sobre a matéria. Com apenas o intuito de colaboração, e desviculada de quaisquer opiniões da associação em que participo, entendo que cabe aqui alguns questionamentos meus sobre a matéria.
1o.) Observo que esta categoria é presente a nível nacional, logo, o porquê de não tê-la à nivel estadual também.
2o.) Se nosso calendário está abarrotado de competições, como vejo na opinião de muitos, entendo que não será a inclusão da modalidade master que irá sobrecarregar botonistas com mais competições, á medida que os masters raramente participam das competições que hoje preenchem nossa calendário esportivo, inclusive a sênior. Motivos: Ou porque não tem mais disposição para jogar contra os "guris" ou porque nunca conseguem ranking para as disputas. E também não creio que os que os masters que jogam a sênior deixarão de jogar a master, pois quem gosta do esporte joga.
3o.) Creio que também deva haver uma grande conscientização por parte de botonistas, no sentido de que, ao se sentirem aptos a jogar categorias inferiores, ou por disposição e saúde, ou por qualidade técnica, que o façam, e deixe as competições sênior e principalmente a master para aqueles que somente as disputam e se sentem capacitados a disputas destas, sob pena que a disparidade na disputa deixe a mesma sem brilho quando do resultado final. A disputa para ser interessante deve trazer em seu contexto técnicos de igual nível técnico, principalmente na categoria master.
4o.) Vi opinião de que não faz muita diferença a idade de sênior e master. Pois aqui me obrigo a discordar, á medida que quanto mais avançamos na idade, as diferenças entre elas fisicamente aumentam de forma geométrica. Avançar de 70 para 71 é muito mais desgastante em termos de físico e mental do que de 55 para 56, é como se aumentassem a grosso modo uns 3 anos a cada ano. Lógico que há diferença sim.
5o.) Que se estude a possibilidade de aumentar a idade da master para mais de 60 anos, pois os tempos são outros. Há tempos atrás, com 40 anos já se considerava uma pessoa velha, acabada. Hoje, com a evolução da medicina e dos novos hábitos alimentares e também as várias opções de cuidados com o corpo, uma pessoa com idade de 40 anos ainda é guri. Entendo eu que o sênior deveria ser á partir dos 50 anos até 65 anos e o mastes dos 66 em diante. E pensem que algum dia chegaremos aos 66 anos também e iriamos gostar de jogar com amigos de nossa faixa etária. Então pergunto: O porquê não dar esta oportunidade aos que hoje tem esta idade?
Faço estes breves comentários como contra-ponto, apenas no intuito de ajudar, para que se possa neste final de semana votar na melhor opção para o nosso futebol de mesa.Reitero que esta é apenas minha opinião e minha modesta ajuda quanto a esta matéria.
6 comentários:
Amigão Breno,
Li atentamente ao seu comentário e acredito que eu possa fazer eco a sua solicitação. Participo do futebol de mesa desde a criação da Regra Brasileira, da qual tive a honra de ser um dos seis membros que a eleboraram.
Hoje estou com 75 anos de vida, completos, com saúde e vontade para jogar. Só que não sou mais aquele rapaz que jogava cinco, seis partidas por dias e não cansava.
Hoje jogo uma partida e necessito de descanso, pois o peso da idade é grande e faz refletir-se em todo o corpo cansado.
Joguei quando tinha trinta anos, depois com quarenta, cinquenta e sei bem que a diferença é muito grande.
Apoio essa criação da master, pois seria uma homenagem aos mais antigos, aqueles que iniciaram essa caminhada na década de sessenta, quando muitos dos que agora tentam confundi-la com o senior (muito mais jovens do que nós), nem tinham nascido.
Apóio e peço que o bom senso dos meus amigos que comandam a Federação mais desenvolvida do Brasil, lutem por isso, pois além de mim, muitos outros antigos botonistas irão arriscar-se a fazer aquilo que amam e sentem desejo de fazer, mas sem as mínimas condições de lutar contra pessoas mais jovens.
Lembro que tenho 75 anos. Nasci em 1936, portanto, posso falar com conhecimento de causa.
Imagine jogar uma partida contra um garotão como você, amigo Breno, no vigor de sua força? Que seria de mim? Não teria chence alguma. Parabenizo-o por essa mensagem de apoio aos "velhinhos " que como eu gostam do futebol de mesa.
Um abraço
Adauto Celso Sambaquy
Amigo Breno,
mais um detalhe que peço seja observado por todos.
Reportem-se as fotografias do master do Brasileiro em Recife e olhem a felicidade de cada rosto cansado de tantas lutas. Vejam a alegria de cada um deles e comparem com as demais categorias.
Para eles todos foi um premio e uma alegria imensa se reunirem em torno de mesas e relembrarem seus tempos de conquistas.
Garanto que a categoria de msster será a mais festiva de todas, pois aqueles que tiverem a felicidade de chegarem a ela saberão valorizá-la sempre.
Adauto Celso Sambaquy
Camarada Breno,
pouco teria a acrescentar as tuas ponderações, mas quero manifestar meu total apoio. Não há na conjuntura do Futmesa qualquer razão que justifique algum processo de exclusão. A lógica de sênior e master é totalmente diferente de juvenil e júnior, é caminho natural a todos nós e não material humano a ser descoberto e incentivado. Perguntem a quem sabe, Sambaquy, Almiro, Jader, Fosca, Darcy Levien e outros, pois ser sábio leva tempo e alguns estão esquecendo disso, se acreditam sábios hoje.
Um abraço,
Gothe.
Amigo Breno
1° - filiados a FGFM temos 27 botonistas Masters que conheço em atividade nas modalidades livre e liso;
Academia-Malhão, Figueira e Pierobom
AFM Caxias-Pizzamiglio e Zeni
AABB Caxias- Enio
CMPA-Caco,P.Schemes,Azambuja, Avila
Franzen-Domingos,Oberici,M.Schemes,Mabilia, Lauro
Afumepa-Gaiesky,Kuhn,Bodur,Perroni,Mguel, Sergio,Vito,Nelsinho,Wilson,Steyer
G.Santana-Foschiera e Pirenio
2°- compartilho da opinião da lenda A.Sambaqui,do Gothe e da tua quanto a condição física.
3°- Se a CBFM reconhece a categoria Master, é de bom senso que a FGFM, tambem a reconheça.
Eis a minha opinião.
Abração Lauro
Tenho muito pouco acrescentar, mas como amante deste esporte penso muito nos mais experientes nos mais velhos, pois será o caminho que teremos a percorrer e logo estaremos lá.
Vozes como a de Sambaquy , Lauro e outros devem ser ouvidas e seguidas, temos o dever de proteger e estimular a que eles não abandonem o esporte.
Pois todos brincamos mas todos gostamos de vencer.
Hoje é desleal uma competição tendo um elemento com 50 anos disputar com um de 65,70, 75.
Devemos sim ter a categoria de Master e protegela, mais uma vez será o destino natural de todos nos.
Dani Junqueira
Breno: cheguei atrasado, acabo de ler tua postagem e são agora 23:40h. Mas pouco importa, neste momento devo apenas de agradecer a Adauto Sambaquy, ele já disse tudo.
Se o calendário está inchado,parca desculpa, deixo uma sugestão: o estadual especial e a taça rs de livre e liso, poderiam ser realizados na mesma data como acontece com a competição nacional, porque não? Se é tão fácil excluir uma competição Master, porque os jovens da categoria especial não poderiam abrir mão de jogar todas as competições ofertadas. À estes jovens eu sugiro e a maioria graças a Deus poderá seguir minha sugestão que pensem em seus pais sendo impedidos de fazer qualquer atividade que gostem, por pessoas que julgam não ser importante suas condições físicas ou técnicas, ou digam a seus pais que não tem tempo para visitá-los. Vocês ainda tem a chance de olhar para seus pais e coloca-los no nosso lugar para quase todos nós, Masters, os pais são uma doce lembrança do tempo em que também fomos jovens.
Caco.
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