TEMPO DE VIRADA URGENTE

Ontem, quando me dirigia para a Franzen, escutava uma emissora de rádio que colocou o zagueiro Werley ao vivo em entrevista. Olha, é simplesmente revoltante ouvir do dito cujo, que em várias partidas a equipe havia entrado "desligada" em campo. Ganham uma fortuna para jogar o esporte e "entram desligados". Agora, no final do mes, é bom ter uma fortuna depositada na sua conta.  Já há bastante tempo digo que nosso futebol tem é que sofrer uma radical mudança, sob a forte tendencia de nossos clubes falirem com tanta despesa com pagamentos de salários inimagináveis para nós "mortais". Falamos de centena de milhares de reais de salários como se fossem miseráveis cruzeiros. O fulano ganha 400, outro ganha 500, outro ganha 200, e assim estamos anestesiados por estes valores estratosféricos para um cidadão comum.  A lei Pelé simplesmente migrou os valores dos clubes para empresários e jogadores. Agora, a história é de clubes acumulando dívidas e empresários e jogadores cada vez mais milionários, e pasmem, entrando "desligados" em campo. Não dá mais para os clubes esperarem e dar uma volta por cima disto tudo. O que deveria ser feito? Simples, premio por produtividade, assim como em qualquer empresa, prêmio por objetivo. Dos valores atuais o jogador assina contrato e recebe mensal 30 % do valor do contrato e o restante é dividido pelas competições que seriam disputadas no ano e os 70% restantes divididos proporcionalmente entre as competições e em percentual proporcional a sua importância. Assim sim, assim eu queria ver se os jogadores entrariam "desligados" em campo. Hoje, ganhando ou perdendo, no final do mês a conta bancária engorda em valores estratosféricos para a nossa realidade. Queria ver se os jogadores do Grêmio perderiam estas partidas bisonhas que perderam na Libertadores. Do jeito que anda, e se não for feito algo urgente, não sei quanto tempo ainda o futebol brasileiro andará sem entrar em colapso total financeiro. Os dirigentes que não percam muito tempo para dar esta virada.