quinta-feira, 25 de junho de 2009

PARA REFLEXÃO !

Voltava eu para a minha casa nesta última 3a feira e com a chuva caindo forte. Portão levantando e carro esperando para entrar na garagem observo uma senhora de guarda-chuva com um celular na mão e ao lado logo me veio um moleque, todo molhado, pedindo se eu não tinha uma chave de rodas para que ele pudesse auxiliar aquela senhora que estava ao celular, embaixo de seu gaurda-chuva, pois um dos pneus da frente de seu carro havia esvaziado e ele estava lá para auxiliá-la, claro, esperando uma futura gorgeta sem dúvida. Pois entrei com o carro na garagem, tirei as compras do super que havia feito antes, tirei meu estepe que guardava embaixo o macaco e a chave de rodas. Estendi a chave ao moleque e ele testou a boca e feliz disse que a chave servia plenamente para seu intento. Pensei em ficar esperando toda aquela "obra" de troca de pneus, pensando em ter assegurado o retorno de minha chave de rodas mas, decidi confiar no moleque que, sob chuva no lombo, acabara de retirar o primeiro parafuso da roda danificada. "filho, quando acabar coloca a chave embaixo do carro ou no lado do portão" disse eu e tive como resposta "pode deixar e muito obrigado". Na subida no elevador algo me dizia para ter pego o cartão da advogada dona do carro que, paciente, esperava pela troca de seu pneu, pois algo me dizia que poderia não ver mais minha chave de roda. Sempre confio nas pessoas, sempre fui assim e, por isto, várias vezes fiquei na mão. Passados 30 minutos após a janta, desci para ver se o moleque havia feito o combinado. Chego na garagem e meu olhar para a diretia do carro nao visualiza chave alguma, na esquerda também não o que me fez agachar para ver se a mesma não estava debaixo do carro. Nada. Nada havia embaixo do carro. Pensei comigo "é eu já sabia, mais uma vez confio e me passam a rasteira". Bati na porta da zeladora sendo que o marido dela abriu e me disse que ela estava deitada com dor de cabeça e comentei com ele o fato ocorrido, dizia que não dava mais para ser gentil com ninguém pois quando eu ajudo a tendência é eu levar bola nas costas, quando então, uma voz sussurando saia de dentro da sala "tá embaixo da roda da frente", era a zeladora que havia ouvido minha voz e me indicava aonde encontrar a minha ferramenta que pensava já estivesse perdida. Voltei ao carro e constatei que a chave de rodas estava ali, depositada embaixo da roda da frente, colocada por ela antes de entrar, quando viu o moleque tentando colocá-la de volta embaixo do carro. Voltei para meu apartamento chateado pelo meu instante de pré-julgamento errôneo que fiz do moleque e também feliz por ver que nada está perdido e podemos ainda confiar nas pessoas.

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